quinta-feira, 21 de junho de 2007

terça-feira, 19 de junho de 2007

- Período

As monoculturas de exportação ocorriam desde o século XVI,quando os portugueses desenvolveram a produção açucareira ao longo da faixa litorânea do Nordeste brasileiro,aproveitando os solos férteis de massapé e as condições climáticas favoráveis ao cultivo da cana-de-açúcar.Já na américa espanhola,a agricultura ganhou impulso entre os séculos XVII e XVIII,com a queda da produção mineral.

- Por que a agricultura teve destaque após a queda da mineração?

A crise da mineração já era visível na década de 1770, mas se agravou em 1820.Vários fatores contribuíram para a decadência do ouro, como a falta de capital, falta de mão de obra, técnicas rudimentares de exploração das jazidas, uma ação governamental mais eficiente, não preocupadas apenas em arrecadar impostos.
A agricultura não tinha sido desenvolvida até esse momento devido ao desprezo por essa atividade econômica e pela legislação fiscal.
As conseqüências dessa crise foram a diminuição da importação e do comércio externo, diminuição do rendimento dos impostos, diminuição da mão-de-obra escrava, estreitamento do comércio interno, determinando a subsistência, o esvaziamento dos centros urbanos, ruralização e o empobrecimento e isolamento cultural.
A agricultura teve destaque após a queda da mineração porque ela era a forma de atender demandas externas, interagindo o Brasil a outros centros capitalistas internacionais.

- Quais foram as transformações provocadas no espaço rural latino americano na atualidade?

O modelo agrário-exportador marcou a organização do espaço rural latino-americano de forma que,nas regiões monocultoras, a vegetação natural foi sustituída por imensos latifúndios com lavouras para exportação. Elas caracterizam as paisagens de diversos países.
A distribuição desigual das terras e a concentração fundiária,que atingem a maioria dos países latino-americanos da atualidade, são, em grande parte herança do passado colonial, época em que enormes extensões de terras foram doadas a pessoas ricas e influentes das metrópoles.
Atualmente,as terras continuam em poder de uma pequena parcela de latifundiários,enquanto a maior parte dos camponeses tem apenas alguns hectares para o cultivo de alimentos para subsistênica.

- Monoculturas de exportação(mão de obra)produtos agrícolas

A monocultura de exportação é um tipo de sistema agrícola que utiliza latifúndios e mão-de-obra escrava. Foi bastante utilizado na colonização da América, principalmente no cultivo de gêneros tropicais e é atualmente comum a países subdesenvolvidos.
É constituída de uma grande propriedade monocultora, para produção de gêneros tropicais em sua maioria, normalmente voltada para exportação, já que o mercado interno ficaria saturado destes gêneros. Sistema tipico de países subdesenvolvidos, que fora amplamente utilizado durante a colonização européia nas américas, e mais tarde fora levada para a África e Ásia.
Hoje em dia alguns países subdesenvolvidos ainda usam este tipo de sistema agrícola, apesar dele ser ineficaz, para isto estes países contam com mão-de-obra assalariada ou trabalho escravo ilegal. No Brasil, por exemplo, a monocultura de exportação(ou plantation) é usada em vastas porções do território nacional, principalmente nas áreas de cultivo de café e cana-de-açúcar, dois dos nossos principais produtos agrícolas de exportação.
Na zona tropical, existe uma forma de cultivo comercial denominada Plantation, ou cultivo especulativo, que é organizado para o mercado externo e não considera os interesses da economia e da sociendade da região ou do país onde é realizado. Esse tipo de cultivo foi introduzido nos países tropicais (África), com a finalidade de complementar a agricultura da zona temperada (Europa), e se caracteriza por:
-grandes propriedades;
-cultivo de produtos tropicais;
- monocultura;
-emprego de mão-de-obra barata, inicialmente escrava;
- utilização de recursos técnicos;
-produção voltada para a exportação.

- Curiosidades

● O latifúndio, a monocultura de exportação e as formas pré-capitalistas de exploração da mão-de-obra ainda constituem considerável parcela da realidade agrária de muitos países latino-americanos.
● A industrialização, concentrada em alguns setores de interesse do capitalismo internacional é realizada tardiamente, durante uma época em que a economia mundial já se encontrava dominada pelo grande capital monopolista, não permitindo um desenvolvimento autônomo, e tornou os países latino-americanos extremamente dependentes dos pólos econômicos mundiais, e, conseqüentemente, das flutuações e crises do capitalismo internacional.
● Suas classes dominantes são constituídas por oligarquias agro-exportadoras ou grandes comerciantes e banqueiros aliados ao capital internacional, ou por fraca burguesia, até hoje incapaz de levar adiante um projeto nacional desenvolvimentista.
No final do século XVIII, com a expansão das monoculturas, houve desflorestamento e destruição de ecossistemas nativos e surgiram a mineração e a caça em grande escala.
● O crescimento demográfico acelerado tornou mais agudos os problemas de sobrevivência de grande parte da população do continente.
● No final do século XVIII, com a expansão das monoculturas,houve desflorestamento e destruição de ecossistemas nativos da América Latina.